domingo, 24 de fevereiro de 2013

Esclarecimento.

Enquanto a esposa de Jorge tentava o acordar, ele estava tendo um pesadelo horrível.

Jorge se encontrava em um longo corredor. Caminhava aflito por ele, tentando abrir todas as portas por que passava, mas não obtinha sucesso algum. Escutou risadas atrás dele, olhou e se espantou. Carlos estava abraçado no assassino que todos acreditavam que estava morto. Os dois estavam com uma máscara vermelha e uma camisa social manchada de sangue. Caminhavam lentamente na direção de Jorge, sempre rindo. Atrás deles, um desconhecido trajava a mesma roupa, porém ele estava calado, apenas andava.

Jorge começou a correr, mas o corredor só parecia aumentar, não havia fim algum. De repente, em sua mão, surgiu uma arma. Apontou ela para os sujeitos e ela não funcionou. O gatilho travou. Ao abaixar a arma e ela ficar virada para o seu pé, ele sentiu o gatilho destravando e então compreendeu o que devia acontecer.

Apontou a arma para sua cabeça, respirou fundo, click.

Abriu os olhos. Estava encharcado de suor, respirava rápido e sua cabeça explodia de dor. Se encontrava em seu quarto, com um copo d'água em seu criado mudo.

Sua cabeça trabalhava rapidamente, aquele pesadelo não foi a toa. Ele significava algo.

Fim da parte 6.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Descanse em paz.

Jorge sabia que o pior estava para acontecer. Após a polícia chegar em sua casa, a imprensa e todos os curiosos, ele só queria dormir.

Entrou em casa, subiu as escadas, foi para o quarto, se deitou. Pouco tempo depois, estava desmaiado.
Sonhou com coisas das quais preferiu não comentar. Coisas que só ele entendia e tinha vergonha de tal compreensão.

Ao acordar, notou um silêncio incomum em sua casa. Não escutava o barulho da televisão no andar de baixo, ou o barulho do seu filho brincando. Saiu da cama e foi correndo para a escada. Tropeçou e caiu por ela, parando apenas no primeiro andar. Desmaiou.

Acordou no mesmo lugar, horas depois, com um sangue seco em sua roupa. Levantou rapidamente, mas foi surpreendido por uma tontura. Se apoiou na parede e caminhou lentamente para a cozinha. Não havia ninguém em casa.

Ao abrir a porta, se deparou com uma trilha de sangue que se seguia até a porta do seu carro. Espantado, Jorge acompanhou a trilha. Espiou pela janela do motorista e sentiu uma grande tontura. Desmaiou novamente.

Sua esposa chegou do mercado, o avistou no chão e correu para ver o que havia acontecido. Quando olhou para dentro do carro, não pode acreditar. Se ajoelhou ao lado de seu marido e tentou acordá-lo, mas foi infeliz em sua tentativa.

O corpo dentro do carro era do Carlos.

Fim da parte 5.